segunda-feira, 27 de julho de 2015

UM BONÉ PERDIDO NA DISNEY

UM BONÉ PERDIDO NA DISNEY PODE DAR A MAIOR LIÇÃO SOBRE CULTURA DA EMPRESA QUE HÁ 
Você já pensou em medir o desempenho qualitativo dos funcionários?


Avaliações de desempenho normalmente consideram indicadores objetivos, tais como valor das vendas, número de atendimentos ou tempo gasto para produzir determinado número de itens. Essas métricas são necessárias para entender a situação da empresa do ponto de vista de produtividade e rentabilidade, mas deixam de fora um indicador importante: a construção da marca e da cultura da organização.
Recentemente demitimos uma das recordistas de vendas da Nasajon Sistemas – não porque ela não tivesse um bom desempenho, pelo contrário, sempre estava no topo, mas por que consideramos que a sua atitude não estava alinhada com os valores da organização. Para explicar essa questão, conto uma história real.  
Certa vez eu estava com meus filhos visitando a Disneyworld, em Orlando, quando percebemos que meu filho mais velho, na época com sete anos, havia perdido um boné recém-comprado. Perguntamos a um jardineiro que estava próximo se ele sabia onde era a sessão de “achados e perdidos”. O homem parou de limpar o jardim e nos levou a uma das lojas próximas que vendiam bonés. Chegando lá pediu para meu filho mostrar o modelo de boné que havia perdido. Meu filho mostrou. O funcionário puxou um bloquinho de cupons da Disney do bolso traseiro e comprou um boné novo para o meu filho. “Um presente do Mickey. Vocês estão aqui para passar bons momentos, então, façam isso”, disse-nos com um sorriso.
No jargão técnico, isso se chama “empowerment” que numa tradução horrível significa “empoderamento” da linha-de-frente. Quantos gerentes (não jardineiros, gerentes) você conhece que têm essa autonomia? Agora faz a conta: um boné custa $2, $3 e eles vendem por $9,99. Compensa? Sem dúvida! 
Já contei essa história para pelo menos 100.000 pessoas em palestras, artigos e seminários nos últimos 15 anos (meu filho hoje tem 22). A questão é: como contratar esse tipo de funcionário? Como treiná-lo? Como garantir que ele não vai vender os cupons para algum cambista e acabar com o estoque de bonés? Bom, a Disney tem alguns processos interessantes para isso.
Recentemente, uma pessoa, amiga de um conhecido meu, se candidatou para compor a equipe da Disney no Brasil e foi chamada para uma entrevista. Alguns dias depois recebeu uma carta muito gentil que, em resumo, dizia o seguinte: você demostrou muitas habilidades importantes para esse cargo e o seu desempenho na avaliação técnica foi acima da média, o que certamente lhe garantirá boas chances de colocação profissional, mas não na Disney. Você não cumprimentou a maioria das pessoas que passaram por você, incluindo faxineiros, mensageiros e outros candidatos que cruzaram com você no salão de espera, e isso é algo que nós damos mais importância do que as habilidades técnicas. Boa sorte!
É isso. Você pode investir alguns milhões de dólares e montar um parque parecido (acho que o Terra Encantada, no Rio de Janeiro, teve essa intenção), mas se não criar uma cultura que alinhe as atitudes dos empregados com a missão da empresa, não vai funcionar. O caminho para estabelecer processos informais, monitorar atitudes e outras questões relacionadas à construção de uma cultura empresarial, é medir comportamentos além de desempenho objetivo.
Na prática, além das questões necessárias para a operação da sua empresa, sugiro considerar atributos como:
   Iniciativa: demonstra ambição ou toma a iniciativa para melhorar os processos e produtos?
     Capacidade de fazer perguntas: sabe quando fazer perguntas em vez de suposições?
    Cooperação e trabalho em equipe: tem flexibilidade para realizar tarefas fora de seus deveres regulares ou trabalhar horas extras quando falta gente na equipe?
     Confiabilidade: consistentemente demonstra confiabilidade e competência?
  Melhoria: melhorou nas áreas que foram observadas em sua avaliação anterior?
    Empatia: ajuda a construir um ambiente de trabalho divertido e harmonioso?
Você pode aumentar essa lista de acordo com os critérios que forem mais importantes para a sua organização. Apenas tenha em mente que o tipo de pessoa que você contrata, e principalmente os sinais que manda com promoções e reconhecimentos, falam muito mais sobre a marca e a cultura da empresa. Até mais do que os valores das vendas ou o volume produzido. 

http://startse.infomoney.com.br/portal/2015/07/24/12917/um-bone-perdido-na-disney-pode-dar-a-maior-licao-sobre-cultura-da-empresa-que-ha/

domingo, 26 de julho de 2015

LÍDERES GANHAM CREDIBILIDADE SE NÃO ESCONDEREM SEUS RECEIOS



Os gestores foram treinados para esconder vulnerabilidades, minimizar riscos, serem consistentes e sempre detentores do controle completo em todas as situações. Mas é impossível confiar em alguém que é sempre racional, sério e controlado. Se você deseja ganhar confiança de seus colaboradores, colegas, chefes, você precisa ter a coragem de se mostrar como um ser humano mais complexo. Isso significa sentir-se confortável em expressar dúvidas. Líderes inteligentes sabem que quase sempre existe mais de uma resposta correta, e, mesmo depois de terem tomado uma decisão, eles não têm medo de repensá-la e alterar a decisão, se necessário. Não foque tanto em ser sempre um visionário. Ao invés disso, tente ser mais humano. Expresse dúvidas, solicite opiniões contrárias e esteja disposto a mudar de opinião, quantas vezes for necessário.

Adaptado de “Leaders Win Trust When They Show a Bit of Humanity”, por Tim Leberecht. 

Disponível em http://hbrbr.com.br/dica-lideres-ganham-credibilidade-se-nao-esconderem-seus-receios/ 

terça-feira, 7 de julho de 2015

O QUE TRAZ FELICIDADE NO TRABALHO

CEO do blog Mashable reúne depoimentos de internautas sobre o que torna um profissional mais feliz

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Em um post escrito para o site do LinkedIn, Pete Cachmore, CEO e fundador do popular blog Mashable, pediu que os leitores compartilhassem o que acreditavam ser necessário para serem felizes na carreira. Após reunir todos os comentários recebidos, ele selecionou aqueles que resumem bem os fatores que trazem satisfação à maioria dos profissionais, independentemente do corre-corre do dia a dia e da pressão por cumprir metas:

Gostar daquilo que faz - Para ser feliz, alguns internautas afirmaram que precisam fazer algo que lhes desperte paixão, que o tirem da cama pela manhã com alegria. Só assim, vão realmente ser bons naquilo que fazem, conquistar o respeito dos outros e ter ânsia de aprender mais e crescer profissionalmente.

Estar no controle da agenda - Joshua Jordison, um dos leitores que respondeu a Cachmore, disse que a pior coisa para ele é não conseguir controlar seu horário e sua agenda. Segundo ele, a pior experiência que teve na vida foi quando trabalhou em um armazém, 12 horas por dia, seis dias na semana. " Nunca mais quero viver isto de novo. Hoje, controle 100% da minha agenda'', contou, Outros disseram que gostariam de ter um horário flexível e trabalhar um ou dois dias por semana em casa. Para outra leitora, felicidade é poder ter equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal.

Respeitar a equipe de liderança - É importante trabalhar com uma equipe de liderança que você respeita, confia e que o inspira, afirmam alguns. Há outros que acham ser importante que uma empresa peça feedback de seus funcionários e que esses se sintam confortáveis o suficiente para fazê-lo. Se a empresa está disposta a ouvir, muitas das necessidades dos empregados podem ser atendidas dentro do possível, ressalta a leitora Maura Burns.

Enfrentar novos desafios - Alguns internautas afirmaram que precisam ser desafiados constantemente para se sentirem estimulados e, com isso, aprender coisas novas a cada dia.

Trabalhar em uma empresa que estimule o crescimento de seus funcionários - Para alguns dos leitores, o mais importante é trabalhar com gestores que apoiem e estimulem seu crescimento e seu processo criativo.

Um local de trabalho com "boa cultura" - Estar em um ambiente agradável, com uma cultura corporativa positiva, é o bastante para satisfazer alguns dos internautas. Outros afirmaram que colegas positivos, prestativos e de alto astral fazem a diferença e podem transformar um ambiente de trabalho de baixa qualidade em um local divertido e agradável.

Se sentir valorizado — Muitos disseram que sentem orgulho de seu trabalho e não estão ali apenas para receber um salário no fim do mês. O que precisam é ser reconhecidos como um funcionário de valor, que são peça importante para empresa e tenham suas realizações valorizadas.

Estar certo de fazer a diferença no mundo — Fazer coisas importantes, que influenciem positivamente a vida das pessoas, e contribuam para melhorar o ambiente de trabalho são essenciais para alguns continuarem trilhando o caminho que escolheram profissionalmente.

Disponível em http://oglobo.globo.com/economia/emprego/o-que-traz-felicidade-no-trabalho-12512777