domingo, 27 de julho de 2014

DIFICULDADES X OPORTUNIDADES


No cotidiano das equipes de trabalho, a exemplo do que ocorre também em nossa vida pessoal, não raro nos deparamos com dificuldades de todas as ordens e a maneira como lidamos com isso faz toda a diferença nos resultados que alcançamos.

A maneira de olhar as dificuldades a serem enfrentadas irá definir o sucesso ou não de nossas iniciativas, já que a partir de uma postura corajosa e determinada poderemos identificar oportunidades e, à partir delas, traçar estratégias capazes de superar os entraves, construindo soluções que produzam crescimento e/ou aprimoramento.

A história nos mostra que os grandes conquistadores assim se tornaram em função da forma como conquistaram vitórias em meio a grandes dificuldades. E os grandes navegadores como Cristóvão Colombo são excelentes exemplos disso.

Ao contrário, há pessoas que se sentem paralisadas diante das dificuldades e, assim,  jamais as verão como oportunidades,  de forma que antecipam a derrota e assumem a própria incapacidade de mudar seus destinos, desperdiçando grandes momentos de felicidade e superação.

Diante das dificuldades devemos nos perguntar no que elas poderão ser transformadoras e como poderão contribuir para o nosso aperfeiçoamento e de nossas equipes de trabalho. Essa postura tem o condão de  desmitificar os obstáculos e alçá-los ao patamar de oportunidades.

Nesse momento, importa saber o que se está buscando alcançar.  Quais são os valores e propósitos de sua unidade organizacional e, a partir desse norte, repensar as estratégias. Manter o otimismo e trabalhar de forma diferente, de acordo com as dificuldades a serem vencidas.  Ser flexível.  Ouvir a Equipe e buscar novos paradigmas. Trabalhar muito, superar os próprios limites, desafiar o impossível, sair da zona de conforto.

Os resultados irão aparecer e todos sairão mais fortes e engajados.  Novos desafios surgirão e serão enfrentados com determinação, gerando o círculo virtuoso do crescimento e da superação.

Encerro com as sábias palavras de Eugênio Mussak:

 "O destino não pergunta se estamos dispostos, simplesmente apronta das suas. Eu estava em Florianópolis na grande enchente de 1983 e presenciei cenas explícitas de grandeza humana. No fim, era um embate entre a força dos elementos e a força da alma das pessoas. Lembro-me de ter conhecido o José Carlos, um jovem pai que, ao chegar em casa, ela – a casa – não estava mais lá. Havia sido levada pela enxurrada, que por pouco não levara junto sua mulher e seus dois filhos pequenos, que, por sorte, tiveram tempo de sair. Quando lhe perguntei “E agora?”, ele me olhou com gravidade, suspirou e disse: “E agora é começar tudo de novo”. E começou, e persistiu e reconquistou sua casa – aliás, melhor que anterior.   Sim, a necessidade obriga. “O sapo pula por precisão, não pula por boniteza”, diz o escritor Guimarães Rosa. A força interior existe, mas é virtual. Não pode ser percebida a não ser quando é solicitada de verdade. E isso pode acontecer por dois motivos: por exigência do destino ou por ingerência da vontade. Ou por ambos.   “Ferramenta tens, não procures em vão”, disse Fernando Pessoa em um de seus belos poemas que nos colocam em contato conosco mesmos. “Tenha o coração sensível e use a força da mente”, termina seu verso. Sim, temos a ferramenta em nós, só precisamos usá-la.
(in http://eugeniomussak.com.br/forca-interior/)


Carpe Diem!

Abraços e até breve!






segunda-feira, 14 de julho de 2014

COMPETÊNCIA EMOCIONAL

Quando nossas emoções não estão alinhadas os resultados são destrutivos.  A forma como lidamos com rotinas carregadas de pressão, prazos e desafios que se renovam constantemente exerce uma forte influência sobre isso.  Dar espaço ao desânimo diante das dificuldades ou fazer opção por posturas inflexíveis garantem o resultado de frustração e derrota.  Quanto maiores as exigências e pressões do mundo corporativo, mais o Equilíbrio se apresenta como palavra de ordem e recurso de saúde e superação. 

Segundo Rogério Calusa, estudos sobre o tema indicam que, a inteligência emocional, muito mais do que aquela medida pelo QI,  é a responsável pelas melhores decisões, por organizações mais dinâmicas e por um estilo de vida mais saudável e bem sucedido.

Diariamente somos assaltados por uma gama enorme de emoções, positivas e negativas e a forma como lidamos com cada uma delas irá definir nossa qualidade de vida profissional e pessoal.  A tentativa de separar nossas emoções de nosso intelectualidade já se mostrou incapaz de gerar bons resultados vez que ambas as dimensões precisam conviver em harmonia.
 
Nossas emoções constantemente nos fornecem informações importantes que deverão ser interpretadas e avaliadas de maneira adequada para que produzam comportamentos próprios para cada situação enfrentada. Nesse sentido, torna-se muito importante ser capaz de perceber as emoções das demais pessoas, de que forma nos afetam, além disso, de como poderemos empaticamente afetar outras pessoas no exercício de nossas funções de liderança.
 
Assim, a competência emocional se traduz na soma de conhecimentos e habilidades que permitem a uma pessoa lidar com as próprias emoções e com as dos outros, bem como identificar de que forma e em que momento expressar as emoções, ampliando suas possibilidade de comunicação,  tornando-a capaz de desenvolver o seu poder pessoal e determinar a sua qualidade de vida, manter posicionamentos com equilíbrio, estabelecer uma comunicação com outras pessoas de forma ética e eficaz, ocupar seu espaço ao invés de omitir-se, expressar reconhecimento, gratidão, aceitação, ser assertivo no falar, dizendo a verdade com base em fatos e não em suposições, preservando a autenticidade e a criatividade, mantendo o foco em seus sonhos e objetivos.
 
A última copa do mundo deixou muito claro que precisamos desenvolver e aprimorar nossa competência emocional,  pois mais importante do que sentir as emoções é saber o que fazer com elas diante dos contextos e dos relacionamentos nas várias áreas de nossas vidas.  A boa notícia é que  nem tudo está perdido, pois recentes pesquisas evidenciam a possibilidade de desenvolver competência emocional praticamente em qualquer idade, compensando as deficiências de nossa formação emocional.
 
A Inteligência Emocional pressupõe  o domínio e aquisição das competências abaixo indicadas:
•  Autoconsciência: conhecer as próprias emoções é um exercício que deve ser continuamente praticado; identificar o que sente; considerar suas emoções quando em momentos de decisões, ter confiança e avaliar suas habilidades de maneira realista.
•  Autogerenciamento: gerenciar as próprias emoções; saber a hora de esperar ou de agir, pensar antes de agir; ter resiliência para se refazer de frustrações emocionais; ser capaz de aguardar benefícios para atingir os seus objetivos.
•  Motivação: capacidade de se auto motivar e motivar os outros; ter persistência e paixão por seus objetivos e projetos .
•  Empatia: conhecer as emoções e colocar-se no lugar do outro.
•  Habilidades Sociais: saber lidar com as emoções dos outros, interpretando com objetividade e de forma saudável as interações e relacionamentos.
Precisamos estar conscientes de quão importante é o nosso estado emocional, pois quando a auto confiança é duvidosa e o autocontrole não funciona, os resultados poderão ser desastrosos.  Precisamos ter em mente o quanto fatores externos podem influenciar nossos atos, para que possamos impedir que os insucessos importem em melancolia e derrota duradouras, prejudicando nossa vida pessoal e a corporativa.

Nunca estaremos livres dos riscos de fracassar, mas adotar padrões de comportamento emocional negativos pode ser fatal no desenvolvimento pessoal e irrecuperável no ponto de vista corporativo.

Então, é hora de virar a página, deixar os insucessos para trás e reescrever nossos padrões mentais para que possamos adicionar um capítulo novo em nossa história em busca da felicidade e do equilíbrio,  agora baseada em novas competências emocionais.
 
Abraços e até a próxima!
 
 
 
 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

SETE PASSOS PARA A LIDERANÇA TRANSFORMADORA

O exercício de funções de liderança cada vez mais impõe o autoconhecimento e constante aprimoramento de conhecimentos, habilidades e competências para engajar as pessoas e levá-las à excelência no exercício de suas atividades dentro da equipe.
 
Para obter resultados eficientes e criar um ambiente de confiança e colaboração, as lideranças precisarão compreender de que forma seus estilos de gestão interferem no desempenho das equipes e, consequentemente, nos resultados das instituições/ organizações.
 
Com o objetivo de subsidiar esta postura assertiva, comprometida com o desenvolvimento e a superação, passaremos a refletir sobre sete passos essenciais à liderança transformadora:
 
1º) ESTEJA PRÓXIMO
Seja claro e assertivo.  Mantenha-se sempre à disposição dos membros da sua equipe.  Ainda que esteja envolvido com inúmeras obrigações e prazos, tenha sempre tempo disponível para ouvir seus parceiros.  Não se coloque em uma redoma, mas permaneça disponível e acessível.
 
2º) COMPREENDA E DESFRUTE DO PODER DO RECONHECIMENTO
Esse tema já foi objeto de postagem anterior aqui no Blog (veja http://criatividadeegestao.blogspot.com.br/2014/03/quatro-reflexoes-para-mudanca-segundo.html) e retorna agora em função de sua importância.  Desde a hora de seu nascimento o ser humano procura o reconhecimento e conforme a Teoria das Necessidades Humanas de Abraham Maslow, dentro de cada um de nós existe a necessidade de sabermos que, de alguma forma, fazemos a diferença para alguém. Isso significa que o reconhecimento é tão necessário para o crescimento e o bem-estar de uma pessoa quanto o alimento e a moradia.   Nesse sentido, as lideranças precisam compreender e utilizar os recursos do ELOGIO/REFORÇOPOSITIVO, assim como a CRÍTICA CONSTRUTIVA, sempre de forma atrelada aos objetivos institucionais.  Valorizar os membros da equipe, reconhecendo a contribuição de cada um de acordo com suas habilidades criam um ambiente de motivação e comprometimento cada vez maiores. 
 
 
3º) DÊ O EXEMPLO
Atualmente, um líder não pode ser apenas alguém potencialmente capaz de motivar pessoas, mas precisa ser também um exemplo a seguir nas mais diversas áreas. Liderar pelo exemplo exige que o líder possua uma postura confiável e inspiradora, através da qual seus seguidores  irão se inspirar para continuar na busca pela consecução dos resultados almejados. Requer coerência entre o falar e o agir, sensibilidade e tolerância.

Tanto na vida profissional quanto na vida pessoal, as lideranças são colocadas à prova e precisam adotar um postura inspiradora e confiável sob pena de transparecer despreparo, fragilidade ou insegurança.  Assim, os líderes devem dar sempre exemplo para todos com quem se relacionam, pois a eficácia de seus modelos de gestão dependem da sua capacidade de ser referência para a equipe, motivando e inspirando pessoas a se superarem positivamente.
 
4º) DEMONSTRE SENTIMENTOS/FESTEJE AS CONQUISTAS
Envolva-se com sua equipe.  Preocupe-se verdadeiramente com o que sentem e pensam.  Avalie o nível de felicidade e motivação de cada um.  Conheça seus valores e respeite a diversidade de pensar e de agir existente entre seus parceiros.  Valorize as conquistas, ainda que tímidas porque o hábito de comemorar significa dividir os louros com todos aqueles que contribuíram para os resultados e isso gera mais motivação e comprometimento.  Mesmo nas ocasiões em que as metas não forem atingidas, busque entender os porquês e utilize-os como mola propulsora de novos resultados positivos e não como derrota.
 
5º) SEJA GENEROSO/OFEREÇA INCENTIVOS
De alguma forma as pessoas precisam se sentir recompensadas pelo empenho e comprometimento, então, as lideranças precisam praticar generosidade.  Se não dispõem de incentivos institucionalmente definidos, utilizem a criatividade e criem seus próprios, como por exemplo, flexibilidade de horário, mais autonomia e visibilidade dentro da equipe.
 
6º) OUÇA SUA EQUIPE
Como líderes, às vezes estamos tão envolvidos com atingimento de metas e a gestão estratégica da unidade, orientando as pessoas e falando que nos esquecemos de que tão necessário quanto é ter tempo para ouvir. Aqueles que executam diretamente as tarefas diárias são os mesmos que precisamos ouvir constantemente pois conhecem a verdade dos nossos modelos de gestão.
Como líderes precisamos entender que não sabemos tudo e, em alguma medida, o conhecimento daqueles que estão executando as atividades diretamente devem ser ouvidos atentamente.  Esse feedback é precioso.  Devemos investir tempo ouvindo nossas equipes diariamente.

7º) OCUPE SEU LUGAR. Com integridade e respeito por sua equipe, comprometa-se com seu auto desenvolvimento permanente.  Estude, pesquise, leia, pratique benchmarking, supere-se a cada dia.  Os membros da sua equipe precisam saber que há alguém muito competente no comando.
 
Encerrando esta postagem,  desejo que tenha contribuído para criar novos paradigmas e vontade de fazer a diferença. Estarei aqui na torcida para que seus sete passos resultem em transformação e superação na sua equipe.
Abraços e até a próxima!