quarta-feira, 16 de novembro de 2016

COMO EVITAR A CULTURA DOS RÓTULOS

O dinamismo da vida em equipe, associado à diversidade de habilidades e dificuldades existente entre as pessoas têm se mostrado como terrenos propícios à rotulagem e ao preconceito, obstáculos a serem vencidos para que possamos evitar o desperdício de talentos e de oportunidades em nossas instituições.

A  nossa humanidade tende a rapidamente identificar no outro traços que nos diferenciam e sobre os quais lançamos nosso julgamento, especialmente em ambientes em que a liderança não trabalhe tais questões, ensejando o surgimento de apelidos, rótulos, os quais são responsáveis pela baixa qualidade do clima, de insatisfação e sofrimento.

Aqui reside a necessidade maior de se  refletir em equipe sobre essa tendência tão danosa quanto comum entre colegas de trabalho.  Todos somos dotados de características, habilidades e dificuldades que nos diferenciam dos demais seres humanos e esta diversidade não deve ser compreendida como prejudicial, mas como oportunidade de enriquecimento e de potencialização dos resultados.  Mas, para que assim ocorra, é necessário que cada um reflita sobre a necessidade de respeitar o outro em toda a sua individualidade, assim como desejamos ser respeitados.  É preciso semear uma nova cultura em que o respeito às diferenças seja um valor, onde cada um se comprometa e ver no outro aquilo que ele tem de melhor e assim também seja em relação a si.  Busquemos no outro o que ele tem de melhor e passemos a interagir com este foco: realçando as qualidades e habilidades e respeitando as dificuldades de cada um, em um ambiente em que todos se sintam estimulados ao desenvolvimento e aperfeiçoamento, sem julgamentos e segregações.  

Cada componente de nossas equipes de trabalho possui condições de contribuir para a consecução dos objetivos da unidade de acordo com suas potencialidades e compreender isso é tarefa primordial da liderança.  Se não formos capazes de compreender o universo dos nossos parceiros, estará comprometida nossa capacidade de delegar com eficiência, fato que irá gerar frustração e baixa autoestima.

Em uma equipe de sucesso observamos desde logo a presença dessa postura de combate à cultura de rótulos.  Os seres humanos não são coisas e trazem consigo uma enorme capacidade de desenvolvimento e de superação, razão pela qual devem ser estimulados ao aprimoramento quando diante de suas dificuldades e valorizados, validados e reconhecidos em face de suas habilidades, gerando o trio tão desejado da felicidade-motivação-produtividade.

Mãos à obra!  Assuma seu papel!  Estimule a reflexão e o diálogo dentro da sua equipe. Os resultados positivos dirão por si mesmos.

Um abraço e até breve!


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

COMO LÍDERES E ORGANIZAÇÕES PODEM SE BENEFICIAR DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Se um profissional conhece suas emoções e trabalha com elas, terá uma percepção da realidade expandida

Por Irene Azevedoh

Com a inteligência emocional que está relacionada à social, ganha o indivíduo, ganham as organizações e ganhamos todos nós | Crédito: Pexels
Inteligência emocional é um conceito relacionado com a chamada "inteligência social" presente na psicologia e criado pelo americano Daniel Goleman, que em 1988 publicou seu primeiro artigo sobre inteligência emocional e a liderança.

Resumidamente, um indivíduo que é emocionalmente inteligente consegue identificar as suas emoções com mais facilidade. Então fazemos a seguinte pergunta: o que isto tem a ver com a sobrevivência nas organizações em tempos de crise?  

Podemos responder olhando sob duas óticas: a do indivíduo e a da organização, que como o próprio Goleman menciona em seu artigo com Richard Boyatzis, publicado pela Harvard Business Review em setembro de 2008, sobre inteligência social, já se começa a estudar o que acontece com o cérebro quando as pessoas interagem, informando que líderes “top performers” têm em média mais bom humor e riem mais do que os de desempenho mediano.

Continuando esta análise, ainda sob a ótica do indivíduo, e concordando com o mencionado por Goleman, se um profissional conhece suas emoções e trabalha com elas, terá uma percepção da realidade expandida, facilitando suas interações com os diversos níveis da organização. 

O que isto significa? A resposta tem diversos itens a serem considerados: ter maior empatia, estar mais antenado com os sentimentos dos outros, não temer o autoconhecimento, ter atitudes criativas, afetivas e conciliadoras, estar sempre de bom humor e também ser mais intuitivo. 

Com todos estes atributos, no seu relacionamento do dia a dia, terá a oportunidade de identificar oportunidades e de se relacionar melhor com todos os públicos da empresa. Na hora da crise, este profissional estará, com certeza, mais preparado e, consequentemente, a organização o observará com olhar diferenciado.

E para a organização que privilegiou uma liderança com altos índices de inteligência social? 

Ela só tem a ganhar, pois conseguirá sair mais rapidamente da crise à medida que  sua liderança obtém um desempenho melhor de seus liderados, navegando com eles por este mar de oportunidades que a crise proporciona, de forma alegre, suave, mas efetiva e assertiva também.

Com a inteligência emocional que está relacionada à social, ganha o indivíduo, ganham as organizações e ganhamos todos nós, seres humanos!

Disponível em http://vocesa.uol.com.br/noticias/carreira/como-lideres-e-organizacoes-podem-se-beneficiar-da-inteligencia-emocional