O desafio dos líderes sempre foi neutralizar a
apatia, a indiferença e a desmotivação de grupos
Marcos Gross
Além de
gerenciar equipes, uma importante função de um líder é inspirar as pessoas. A
inspiração é uma forma de estímulo que pode ser utilizada com
inteligência por gerentes de qualquer organização. Jesus, Moisés e Gandhi foram
mestres na comunicação junto aos seus seguidores, pois alteraram os seus
estados emocionais, motivaram grupos e deram-lhes direção em momentos
turbulentos por meio de palavras, imagens e tons de voz inspiradores.
O desafio dos líderes sempre foi neutralizar a
apatia, a indiferença e a desmotivação de grupos e comunidades através da
comunicação motivadora. Nas corporações atuais há carência de “gestores
inspirados”; boa parte deles trabalha a gestão de pessoas no “piloto
automático”.
Que estímulos, em forma de mensagens, poderão ser
utilizados pelos líderes da atualidade para inspirar colaboradores em momentos
de crise e mudanças?
Abraão mobilizou seu povo situado na Mesopotâmia
(atual Iraque) a percorrer mais de 1.000 quilômetros até Canaã (atual Israel),
enfrentando desafios no deserto e uma longa caminhada
em um terreno hostil. Ele conseguiu cativar seus seguidores para o longo
percurso através de uma frase inspiradora: “Canaã, para onde iremos, é onde
corre o leite e o mel”.
Hoje, muitas pessoas que ocupam cargos de chefia se
contentam em serem somente “capatazes de funcionários”. Agem mecanicamente e
cobram obsessivamente as metas de produção com seus “chicotes verbais”. A
comunicação desses “chefes” é fria, distante e agressiva, desanimando os
funcionários. O resultado é queda na qualidade de produtos e serviços.
Em situações desafiadoras, grandes líderes sabem o
que se passa “dentro” dos colaboradores e conseguem, por meio de palavras e
gestos, “acender a chama” da inspiração de seus colaboradores. São mensagens
cheias de “leite e mel”. Fim da mensagem.
Marcos Gross é mestre
em Gestão de Comunicação e autor do livro “Dicas práticas de comunicação: boas
ideias para os relacionamentos e os negócios”, da Trevisan Editora
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