terça-feira, 28 de maio de 2013

NÓS SABEMOS O QUE SOMOS, MAS NÃO O QUE PODEMOS SER.(William Shakespeare)

Conheça a sua base motivacional

Motivação é um processo endógeno, responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para atingir uma determinada meta. Você é motivado por realização, poder ou afiliação?   

Tom Coelho,

Vamos colocar de lado o conceito equivocado de que motivação, no mundo corporativo, significa bônus salariais, promoções, eventos festivos, palestras-show e tapinhas nas costas. Embora importantes e desejáveis, profissionais responsáveis sabem que estes são aspectos apenas estimuladores de um comportamento proativo.
 
Motivação é um processo endógeno, responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para atingir uma determinada meta. A intensidade está relacionada à quantidade de esforço empregado – muito ou pouco. A direção refere-se a uma escolha qualitativa e quantitativa em face de alternativas diversas. E a persistência reflete o tempo direcionado à prática da ação, indicando se a pessoa desiste ou insiste no cumprimento da tarefa.

Teorias comportamentais
Muitos são os estudos acadêmicos envolvendo teorias comportamentais. Abraham Maslow e a Teoria da Hierarquia da Preponderância das Necessidades, Burrhus Skinner e a Teoria da Modificação de Conduta, Victor Vroom e o Modelo de Expectância, Julian Rotter e a Teoria da Aprendizagem Social, Frederick Herzberg e Teoria dos Dois Fatores, Douglas McGregor e a Teoria X e Y, e mais recentemente, Mihaly Csikszentmihalyi e a Experiência Máxima ou Flow.
 
Enfim, há uma série de outros autores dignos de menção, mas meu intuito aqui não é fazer um tratado acadêmico. Aliás, falar de teoria no mundo corporativo é falar de fumaça. Esta introdução foi apenas para apresentar um último nome que tem uma grande contribuição prática para ser apreciada: David McClelland, psicólogo da Universidade de Harvard, com a Teoria das Necessidades.
 
Três bases motivacionais
McClelland identificou três necessidades secundárias adquiridas socialmente: realização, afiliação e poder. Cada indivíduo apresenta níveis diferentes destas necessidades, mas uma delas sempre predomina denotando um padrão de comportamento.
 
Pessoas motivadas por realização são orientadas para tarefas, procuram continuamente a excelência, apreciam desafios significativos e satisfazem-se ao completá-los, determinam metas realistas e monitoram seu progresso em direção a elas.
Indivíduos motivados por afiliação desejam estabelecer e desenvolver relacionamentos pessoais próximos e pertencer a grupos. Cultivam a cordialidade e o afeto em suas relações e estimam o trabalho em equipe mais do que o individual.
 
Finalmente, aqueles motivados pelo poder apreciam exercer influência sobre as decisões e comportamentos dos outros, fazendo com que as pessoas atuem de uma maneira diferente do convencional, utilizando-se da dominação (poder institucional) ou do carisma (poder pessoal). Gostam de competir e vencer e de estar no controle das situações.
 
Meu convite é para que você reflita, respondendo a si mesmo: onde me encaixo? É provável que você goste de ter o controle, deseje realizar coisas, tenha prazer em competir, estime cultivar relações pessoais. Mas observe como há um padrão dominante. Se eu solicitar a uma plateia que todos cruzem os braços, algumas pessoas colocarão o braço direito sobre o esquerdo e vice-versa. Se eu solicitar que invertam estas posições, todos serão capazes de fazê-lo, mas seguramente sentirão certo desconforto. Assim são as preferências: tendemos a optar por alguns padrões. Você tem uma base motivacional preponderante.
 
Teoria aplicada à prática

Em minha carreira como empreendedor e consultor, muitas vezes questionei-me por qual razão certas organizações fracassavam. Deparei-me com modelos de negócios fantásticos que não geravam resultados. Encontrei empresas lucrativas que definhavam devido à incompatibilidade entre seus sócios. Observei executivos talentosos, porém sem brilho nos olhos.
 
Hoje, à luz da Teoria de McClelland, passei a ter a visão menos turva. Consigo compreender que para uma empresa lograr êxito é preciso a praticidade e o foco de pessoas motivadas pela realização, a liderança e a firmeza de indivíduos motivados pelo poder, a sinergia e empatia daqueles motivados por afiliação.
 
Quando as empresas perceberem isso, será possível encontrarmos pessoas mais felizes trabalhando pelo simples fato de estarem posicionadas nos lugares corretos. Passarão a gostar do que fazem, pois poderão exercer suas habilidades com plenitude.
 
Quando os empreendedores perceberem isso, será possível construir sociedades mais estáveis formadas por pessoas que se complementam mais por suas habilidades e anseios e menos por cultivarem apenas relações de amizade. Teremos negócios mais sólidos, gerando mais empregos, sendo mais autossustentáveis.
 
Quando as pessoas perceberem isso, será possível que passem a abrir mão da necessidade de estarem certas – ou de alguém estar errado – sem abdicar de suas próprias verdades filosóficas ou opiniões mais sensíveis. E passem, a partir deste autoconhecimento, a fazer o que podem, com o que têm, onde estiverem.
 
 
 

terça-feira, 21 de maio de 2013

PARE DE RECLAMAR!

 
Diante das inúmeras dificuldades na gestão de nossas equipes somos tentados a encontrar culpados externos e lançar sobre eles toda sorte de afirmações como que justificando nossos resultados aquém do esperado.
 
Líderes não se perdem em meio à reclamações, pois já compreenderam que dificuldades são boas oportunidades de transformação.
 
Diante dos obstáculos buscam junto com sua equipe qual a melhor forma de superá-los, fazendo a diferença com os recursos disponíveis, enquanto buscam por melhores e maiores meios.
 
A tentação de ceder à onda de reclamações muitas vezes se traduz em um meio ambiente corporativo de péssimas condições, gerando desânimo e baixa produtividade, enquanto que o otimismo consciente, que trabalha a partir dos recursos já existentes reinventando seus métodos irá produzir uma força transformadora capaz de alavancar os resultados.
 
Assim, enquanto viabiliza os meios e recursos necessários,  use toda a sua capacidade de motivar sua equipe mostrando-lhes o que está sendo feito para superar tais entraves e o quanto são capazes de juntos realizarem os propósitos da Unidade a partir da capacidade de sonhar mais, fazer mais e se tornarem melhores a cada dia, independentemente dos desafios que se impõem.
 
Pare de reclamar e atribuir a outras pessoas a responsabilidade pelos seus resultados e experimente produzir  energia positiva, influenciando a motivação e o entusiasmo de todos os membros da Equipe, fazendo o seu melhor com os recursos que você possui e estimulando a todos que façam o mesmo.
 
Os resultados serão surpreendentes!

terça-feira, 14 de maio de 2013

COMO ANDA SEU ENTUSIASMO?

A hora e a vez do entusiasmo

Escrito por:  Luah Galvão  para Harvard Business Review Brasil
     
 
Entusiasmo – vem do grego “en theos” – ter Deus dentro de si. Ter a “luz” divina como impulso que nos move.
O entusiasmo é uma sensação arrebatadora, um impulso criador. Criador porque se na raiz de sua palavra pode ser comparado a um Deus, ele CRIA. O ser entusiasta tem um estado de espírito otimista, acredita em si, nos outros e em sua capacidade de criar, fazer, construir…
Hoje no nosso dia-a-dia atribulado e repleto de falta de tempo não pensamos em nosso entusiasmo e nas coisas que nos fazem sentir essa luz “divina”. Estamos ligados no piloto automático e seguimos imersos em nossa rotina sem grandes questionamentos. Saber o que nos gera o “en theos” está diretamente relacionado com a descoberta daquilo que nos move, inspira e motiva. E essa é uma das questões primordiais da vida humana e sem querer estamos esquecendo de rever esse importante pilar para entender nossas motivações … e vamos seguindo mecanicamente dia após dia.
Na Grécia antiga, época dos helênicos (sécs XV – V a.c) acreditava-se que o entusiasmo estava relacionado com a paixão de viver, não apenas o sentimento que enamora homens e mulheres, mas a paixão pela vida em si. Curiosamente a palavra paixão também vem do grego “pathos”, a qual descrevia aqueles com “brilho incessante no olhar”, em contrapartida aquele que perdia essa luz era considerado apático (“aphatos”), ou seja, sem paixão – sem entusiasmo, sem motivação. Doente.
E os gregos nesse assunto tinham uma chave que fazia todo o sentido. Aqueles que se encontravam apáticos tinham um espaço certo para reencontrar sua vontade de viver: o Kemitério. A palavra hoje causa um certo calafrio, pois nos remete ao termo cemitério, já vamos entender porque. O Kemitério era um lugar público onde o ser apático podia permanecer o tempo necessário até que redescobrisse sua paixão de viver. Nesse espaço eram induzidos a dormir um sono profundo para que tivessem contato com seu mais profundo eu. Quando despertavam eram orientados por médicos sacerdotes em busca de dois pilares essenciais: como e por que tinham se desviado de seu destino e também as causas da perda da paixão - entusiasmo.
Literalmente nesse local as pessoas adormeciam e deixavam uma parte de si morrer para renascer de outro modo, com suas paixões e motivações recuperadas. Esse processo de “renascimento” levava o tempo que fosse necessário, o importante era o reencontro da “luz divina”.
Quando os soldados romanos invadiram a Grécia estranharam esse local com tantas pessoas hibernando como mortas e foi por isso que o termo cemitério foi empregado para designar o local onde os mortos habitam. Puro erro de interpretação dos romanos, pois o Kemitério era sim um lugar de renascimento.
Hoje não temos mais esse espaço helênico para renascer e recuperar nossas motivações, mas ainda se faz necessário encontrarmos uma pausa para estimular revisões internas e recuperar nosso “en theos”. Buscar algumas atividades e práticas que nos tirem da rotina e nos sirvam como espaço de contato com nosso eu podem ajudar. Você não precisa necessariamente ir até um ashram na Índia em busca do silêncio, existem alternativas interessantes que podem ajudar nesse processo, pois também nos tiram de nossa realidade objetiva. Os esportes, diversas terapias, cursos, meditação e até a prática de jardinagem, artes etc … podem servir como ativadores do nosso “en theos”.
Essa passagem da história grega nos lembra do quanto o entusiasmo é fonte de motivação, inspiração e saúde e o quanto é importante não deixá-lo de lado em detrimento de nossa correria desenfreada. Reservar um tempo para rever o que faz o olho brilhar pode fazer toda a diferença no nosso dia-a-dia, pois gera em nós um sentimento menos mecânico e mais orgânico em relação à vida e nossos propósitos.
(Fonte: Ócio criador, trabalho e saúde – Viktor D. Salis)
Idealizadores do projeto Walk and Talk | A volta ao mundo em busca de Motivação, os especialistas no assunto Luah Galvão, atriz e apresentadora e Danilo España, fotógrafo, viajaram por mais de 2 anos - visitaram 28 países nos 5 continentes - para entender o que move, motiva e inspira pessoas das mais variadas raças, credos, culturas e cores. Antes dessa jornada, já estudavam o tema Motivação e agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas nessa e em outras áreas de estudo. Descubra mais sobre o projeto: www.walkandtalk.com.br
 

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A REVOLUÇÃO DO AFETO

 


Um chefe com cara de poucos amigos, um funcionário que só faz observações negativas e um gerente esquentado. O comportamento emocional dos funcionários interfere no desempenho da Instituição? Sigal Barsade e Donald Gibson ­ pesquisadores das universidades norte-americanas de Wharton e de Fairfield, respectivamente ­ acreditam que sim. "As emoções passam de uma pessoa para outra, como se fossem vírus", assegura Barsade.

Os dois pesquisadores comprovaram no estudo "Por que o afeto é importante na Organização?" (em inglês, Why Does Affect Matter in Organizations?) que o humor e as emoções do funcionário refletem em diversos processos corporativos. A tomada de decisão, a criatividade, o trabalho em equipe, as negociações e a liderança sofrem alterações, dependendo do estado de espírito das pessoas envolvidas. Ao todo, os pesquisadores analisaram três tipos de emoções: as discretas e passageiras, os humores e as personalidades.

Barsade e Gibson observaram que, nos últimos 30 anos, houve uma "revolução do afeto". Os gestores passaram a entender que as emoções dos empregados fazem parte do funcionamento das empresas. Os resultados das companhias são conseqüências não só da razão, mas também da emoção do funcionário, e acrescenta que os líderes precisam desenvolver sua inteligência emocional para gerir o coletivo. O problema deixa de ser nos processos, e sim no desafio de relacionamento.

Assim, busquemos alegria com simplicidade e comprometimento, através das sete chaves da felicidade:

1)BEM PENSAR (nossas realidades);
2)BEM ESTAR ( confiança);
3)BEM TER (atitude);
4)BEM SENTIR (auto-estima);
5)BEM PRODUZIR ( o poder está em nós);
6)BEM SER (coerência);
7)QUALIDADE DE VIDA (efetividade)

Disponível em www.administradores.com.br.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

FELIZ DIA DO TRABALHO SERVIDOR!


 
Hoje que se comemora o dia do Trabalhador, levanto a voz para reconhecer o valor dos servidores públicos que, exercendo suas atribuições diárias desafiam as dificuldades com dedicação e senso de responsabilidade.

Sabe-se que as políticas públicas e  a adoção de métodos de gestão já ultrapassados atingem diretamente a motivação no Serviço Público, impactando negativamente a produtividade e o desempenho de seus membros.
 
Sem que se reconheça a importância de cada servidor, nas suas dimensões individual e coletiva e, sem a adoção de modelos de gestão que promovam o desenvolvimento de toda a Equipe, não há como atingir o desempenho ideal, gerando frustração e desânimo.
 
Contudo, é  preciso fazer justiça com as diversas unidades em que a dedicação, o comprometimento e a excelência do desempenho demonstram que já há um novo Serviço Público se afirmando em nosso País.
 
Desenvolvido e adotado por entusiastas de novos modelos de Gestão, o novo Serviço Público defende valores institucionais voltados para a consecução dos objetivos maiores que justificam a sua própria existência e baseia-se no respeito e na admiração entre os membros da equipe.
 
Através desse novo olhar, torna-se essencial construir metas em conjunto, valorizar a diversidade, estimular o aprimoramento constante, dar e receber feedback, fomentar a coesão e a sinergia, percebendo-se o servidor como peça principal de uma engrenagem que produzirá um serviço público mais célere e eficaz.
 
Assim, no dia do trabalhador, saúdo a todos os idealistas do serviço público, que com suas contribuições pessoais diárias, iluminam seu m² com a adoção de novos paradigmas, desafiando as dificuldades atuais,  acreditando uma nova ordem de coisas.
 
O futuro do serviço público está nas mãos, nas mentes e nos corações de quem trabalha por sua transformação, então,...
 
FELIZ DIA DO TRABALHO !