quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

RENOVAR OS ÂNIMOS


Falta de diálogo entre líderes e equipe, remuneração insuficiente e ausência de objetivos claros podem gerar a apatia corporativa. A boa notícia é que é possível se prevenir

Caroline Marino

Você já ouvir falar em apatia corporativa? Se não, é bem provável que no decorrer desta matéria você a identifique. Isso porque ela está ligada, também, à falta de comprometimento e engajamento, e à ausência de uma cultura organizacional forte. Trata-se de uma doença organizacional que se caracteriza pela sensação de letargia, desinteresse, abatimento moral ou físico, falta de ânimo, de coragem e de ação entre os colaboradores, como explica Carlos Zaffani, consultor em gestão de empresas e sócio-diretor da Zaffani Assessoria Empresarial.

Segundo ele, há uma série de fatores que podem causar esse problema, desde questões internas (como falta de comunicação entre dirigentes e colaboradores e remuneração insuficiente) até externas ao ambiente de trabalho (como desequilíbrio no contexto familiar). "Há, ainda, a apatia empresarial, decorrente da instabilidade do mercado ou de concorrentes com políticas de remuneração e benefícios superiores às praticadas pela empresa", completa Márcia Colombani Pavani, master practitioner em PNL e facilitadora do treinamento de alto impacto Olho de Tigre.

Porém, apesar de os motivos serem dos mais variados, Carlos Gottschalk, sócio da CFN Consultoria, especializada em gestão de negócios, é enfático ao afirmar que a apatia corporativa tem ligação direta com a cultura organizacional. "A empresa é um organismo vivo, em que a cultura tem papel fundamental no conjunto de sistemas escolhidos para geri-la, no modo de agir das pessoas, nos costumes aceitos e adotados e nos valores espirituais e materiais dessa sociedade. E a apatia é um sintoma de que algo não vai bem naquele ambiente", ressalta.

Ele conta que se a cultura organizacional for bem estabelecida, difundida, clara e alinhada com todos, a companhia não sofrerá com a apatia. Ou seja, ela reage e age contra a apatia. Por outro lado, se a liderança for apática e punitiva e contra um processo decisório de baixo para cima, a cultura organizacional é fortemente influenciada por ela. "Os líderes são inspiradores, divulgadores e mantenedores da energia que faz a empresa vibrar e perseguir vitórias e realizações. Uma liderança apática, em que a iniciativa dos funcionários não é apoiada e incentivada, acaba gerando esse estado de ânimo nos profissionais da companhia", explica o consultor.

Dessa forma, fica fácil identificar uma empresa que esteja sofrendo de apatia. Basta observar características como falta de objetivos e metas claros, ausência de valores, instalações mal conservadas, atendimento frio aos visitantes, pouca comunicação entre as pessoas, colaboradores na mesma função há muito tempo e com benefícios limitados, e lentidão na solução de problemas. "As causas podem ser diversas, mas, essencialmente, o grande diferencial está na filosofia, atitudes e decisões de seus dirigentes e, mais especialmente, nas pessoas que fazem parte da organização", completa Zaffani.

Avaliações constantes
Com uma gerência e seus funcionários sem interesse em fazer a companhia crescer, os (maus) resultados são sentidos com perda de novos negócios, diminuição de vendas e da rentabilidade, perda de pessoas de talento e, consequentemente, oportunidade de inovação. Trata-se, de acordo com Nelson Junque, também sócio da CFN Consultoria, da desconexão entre os objetivos de negócio e os pessoais dos indivíduos envolvidas na operação. "A apatia corporativa cria fragilidade na 'musculatura da empresa', representada pelas pessoas que fazem o negócio acontecer. E quando falta energia, as ações não acontecem, os resultados são ruins e, por isso, é inevitável a perda de competitividade", explica Junque.

Mas como se prevenir? É possível identificar funcionários apáticos? De acordo com Junque, pesquisas de clima organizacional e de performance podem ajudar. "A chamada avaliação 360º é um desses métodos, pelo qual o funcionário é analisado por seus superiores, colegas e subordinados, ficando ciente de seus pontos fracos e fortes", diz. O ideal, segundo ele, é que os funcionários compartilhem entre si os resultados da avaliação, para em conjunto melhorarem o comportamento da equipe.

A partir de avaliações como essa, o funcionário apático ou com baixa performance é identificado, podendo ser feito um plano de melhoria. Mas isso varia de empresa para empresa (como quase tudo no ambiente corporativo), como explica Junque. "O ideal é analisar os costumes e o modo de agir de uma cultura organizacional, pois é ali que encontramos a base do método que vai medir a performance de cada um e estimar o potencial de crescimento das pessoas e do negócio. Ao ser estabelecido o método e incorporado na gestão rotineira da empresa, fica mais evidente quem apresenta comportamento apático ou não", explica.

E, nesse aspecto, a área de recursos humanos tem um papel primordial. Márcia Pavani acredita que o RH deve trabalhar como um canal de comunicação entre os colaboradores e a direção da empresa, além de ajudar o colaborador a refletir sobre os mais diversos aspectos organizacionais. "Porém, para que a apatia se resolva (ou nem chegue a se instalar na empresa), deve haver um comprometimento mútuo, com clareza de objetivos e de filosofia, diálogo aberto e cultura alinhada", conclui.

Sinais de alerta
Confira a seguir as principais características do colaborador apático:
- Isolamento: pouca comunicação com os colegas da equipe;
- Insegurança por não ter claro seu papel perante a empresa;
- Orientação baixa para desempenho;
- Desinteresse em assumir novos desafios;
- Proatividade inexistente perante o que lhe é solicitado, tendo reação robotizada e programada, ou seja, espera ordens da próxima atividade a ser executada e raramente se antecipa;
- Perda de interesse na qualidade no próprio trabalho: defende que errar é humano e o acerto uma exceção;
- Falta de comprometimento com a empresa;
- Falta de perspectiva, seja na vida pessoal ou corporativa;
- Desesperança;
- Impotência: ele até acredita que o objetivo desejado é possível, mas acha que não há capacidade para consegui-lo;
- Adora diretrizes claras de "como fazer", mas odeia
missões que devam ser realizadas com coragem e criatividade, antes da competência;
- Prefere a omissão ao risco de errar;
- Reivindica e reclama muito, mas contribui pouco para a solução de sua reivindicação ou reclamação.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

2014 JÁ CHEGOU. E AGORA?

 

A cada início de ano anunciamos mudanças que acreditamos serem necessárias em nossa vida pessoal e profissional, sem que para tanto tenhamos estabelecido estratégias, razão pela qual a maioria dos projetos não ultrapassam o plano da vontade e  sequer são traduzidos em ações.
 
Com o intuito de colaborar na construção de tais estratégias e de auxiliar na colocação em prática dos objetivos traçados para 2014, proponho uma lista de ações as quais considero de fundamental importância para que nos comprometamos com as mudanças que se fazem necessárias ao nosso crescimento pessoal e profissional:
 
1) SEJA MAIS PRODUTIVO : Analise  sua produtividade nos últimos 12 meses e estabeleça metas que superem em qualidade e quantidade seus resultados já alcançados.  É preciso medir nossa produtividade para que possamos almejar superá-la através de metas razoáveis e legítimas.
 
2) ENCARE AS DIFICULDADES COMO OPORTUNIDADES: A cada dificuldade é a nossa maneira de enfrentá-la que  fará toda a diferença.  Dificuldades e obstáculos são sempre oportunidades de crescimento e superação e, assim, não são negativas, mas necessárias para possamos sair de nossa "zona de conforto" e buscar soluções, aprimoramento e desenvolver nossa liderança.
 
3) COMPARTILHE AS BOAS PRÁTICAS: O que funciona com sucesso em nossas Unidades deve ser compartilhado para que outras possam se desenvolver  também, formando um ciclo virtuoso de aprendizagem e colaboração que resultará em mais produtividade e felicidade para toda a Instituição/Organização.
 
4) TENHA UMA CAUSA: .Trabalhe por algo maior do que suas tarefas e compromissos diários.  Encontre seu valor na cadeia produtiva de sua Unidade/Instituição/Organização e veja mais longe.  Compreenda que você pode fazer diferença na sociedade, contribuindo para a transformação das Instituições positivamente.
 
5) COPIE O QUE FUNCIONA: Tenha curiosidade de conhecer os métodos e práticas de outras Unidades/Instituições/Organizações e seja humilde para coloca-las em prática se forem adequadas.  Há muitas pessoas quebrando paradigmas e alcançando a excelência em suas atividades e tais podem ser adequadas às nossas atividades.  É o que se denomina Benchmarking.
 
6) REPENSE SUAS PRÁTICAS CONSTANTEMENTE e ELIMINE RETRABALHO :  Precisamos mapear nossos fluxos de trabalho e de toda a equipe e estar atentos aos nossos paradigmas, analisando-os constantemente para identificar gargalos, falhas para evitar o desperdício de tempo e de recursos, eliminando o retrabalho. 
 
7) VALORIZE SUA EQUIPE: Em uma equipe não deve haver espaço para estrelatos.  Todos precisam ser valorizados, cada um em suas habilidades, para que haja união de pensamentos e unidade de objetivos.  A força da liderança só existe em conjunto com uma equipe valorizada e motivada. 
 
8) ADAPTE-SE AO NOVO: As mudanças são uma realidade e não cessarão, então, é preciso mergulhar nesse processo constante e buscar aderir ao mesmo, repensando constantemente nossas metas, nossos métodos, nossos conceitos e nossos valores, adequando nossa forma de gerir e de produzir aos novos anseios de nossos clientes e da sociedade como um todo.
 
9) TENHA INICIATIVA:  Em nosso tempo, não há mais espaço para a letargia.  Precisamos fazer acontecer em nossas equipes para que os objetivos e metas sejam alcançados.   Precisamos nos  antecipar às mudanças e tomar as decisões em tempo hábil, sob pena de sucumbirmos como gestores e líderes.
 
10) ESTIMULE SUA CRIATIVIDADE: Finalmente, sugiro que possamos abandonar nossas amarras e ousar pensar e criar novos paradigmas para antigos desafios que enfrentamos, como uma criança, livre de preconceitos, experimentando novos métodos de trabalho capazes de transformar nossa produtividade, garantindo a qualidade e a celeridade legitimamente almejadas pela sociedade a quem servimos.
 
Então, o que você deseja para 2014?  Qualquer que seja sua resposta, levante e faça acontecer!
 
Abraços e até a próxima!

 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

MAIS LEVEZA PARA 2014






 
6 DECISÕES PARA TER UMA ROTINA MAIS LEVE NO TRABALHO


Por

O quanto você gosta do seu trabalho pode influenciar sua qualidade de vida em 2014; veja quais as decisões você deveria tomar para ter uma vida mais plena

 

 
Pensando nisso, conversamos com dois especialistas para saber quais as resoluções de ano novo são essenciais para uma vida profissional mais plena nos próximos 365 dias. Confira: 

 Fazer o que você gosta

De nada adiantam mantras ou achados científicos: se você trabalha em algo que lhe enche de tédio, ansiedade ou tristeza, é quase impossível ter uma rotina leve. 

“Se você demora três horas pra ir trabalhar e voltar, tem um omisso, nenhuma perspectiva de crescimento, não vai adiantar se esforçar mais porque você está no lugar errado”, diz Eduardo Ferraz, autor do livro “Seja a pessoa certa no lugar certo”.

Por isso, nas palavras de Artur Zular, do Instituto de Qualidade de Vida, a melhor resolução para 2014 é “entrar em contato consigo mesmo”. Neste ponto, é essencial desbravar respostas para o clássico quarteto de perguntas: “Quem eu sou? O que eu quero? Para onde vou? Como eu vou?”.

As conclusões, provavelmente, não chegarão em uma tacada só. Mas, ao elaborá-las, é crucial lembrar-se que ter um MBA, experiência e um elevado saldo de investimentos não significa que é preciso ficar o resto da vida na área em questão. “Quem não gosta do que faz é o maior inimigo de si mesmo”, diz Zular.

Aprimorar seus pontos fortes

Por outro lado, de nada vale morrer de amores por uma área, se ela não tem nenhuma relação com seus pontos fortes. “A meta deveria ser trabalhar 80% do tempo aproveitando o que você gosta e em que tem talento”, afirma Ferraz. Aos outros 20%, pode ser destinado o que é burocrático ou chato. Afinal, nada é perfeito.

Antes de prosseguir, veja o principal ponto que não pode faltar nas resoluções de ano novo

Para que isso aconteça, é preciso lapidar seu talento, aprimorar as características que o deixam a vontade na própria pele, tornar o que lhe é forte mais forte ainda. “É assim que a pessoa evolui na carreira”, diz o especialista.

Ser proativo

Como se vê, é hora de assumir o volante da sua carreira. Em certos termos, isso significa se antecipar nas movimentações profissionais – dentro e fora da empresa. “Há pessoas que esperam sentadas que as coisas aconteçam quando deveriam se levantar, gastar energia e ir atrás”, afirma Zular.

A regra vale também para os profissionais que pretendem continuar no mesmo emprego. “O proativo corre atrás, empreende, traz soluções antes dos problemas acontecerem”, descreve o especialista. “Ao fazer isso, ele está facilitando a própria vida”.

Fazer exercícios

Pode parecer clichê, mas não dá para falar de qualidade de vida e leveza sem limar o sedentarismo da agenda. “A atividade física libera endorfina que dá uma sensação de profundo bem estar”, diz Zular. “Isso é algo que ninguém pode fazer por ele. Não dá para delegar”.

Deixar o próprio umbigo

Fazer voluntariado ou engajar-se em uma causa não apenas torna seu currículo mais interessante, como, sobretudo, pode torná-lo uma pessoa melhor e, portanto, mais leve.

Quando focadas demais em si mesmas, as pessoas tendem a exagerar os próprios dilemas. Diante do sofrimento do outro, o quadro muda: “Ele passa a ter novos referenciais de vida”, diz Zular.

Ser leve

Ter uma rotina plena, na maior parte dos casos, é também uma decisão. Uma escolha da maneira como você vai encarar os fatos que permeiam seu cotidiano.

Por outro lado, pessoas adoecem. Emocionalmente, também. Coisas ruins acontecem e podem pesar por mais que você se esforce para ver o copo meio cheio. “Se a pessoa está mal emocionalmente, trabalha com 50% da capacidade laboral”. diz Zular.

Nestes momentos, a dica é buscar apoio de especialistas, amigos ou familiares. E munir-se de paciência e esperança.